Em Pernambuco, único estado em que Marina Silva (PSB) foi a mais
votada, no primeiro turno da eleição foram mais de 2,3 milhões de votos
para a candidata pessebista. Hoje (25), véspera da eleição de segundo
turno, muitos querem saber para onde irá esse caminhão de votos.
Em Goiana, assim como na maioria das cidades da Mata Norte, Marina
foi a mais votada também. Aqui na cidade da Fiat (como passou a ser conhecida
nacionalmente), está colocada em cheque a capacidade do PT local e do
governo municipal em angariar votos para Dilma Rousseff (PT), principalmente depois que a
candidata a reeleição e o icônico ex-presidente Lula estiveram no
município recentemente em um grande comício.
Caso Dilma
volte a perder em Goiana, muita gente deverá colocar essa possível
derrota na conta do prefeito Fred Gadelha (PTB), que recentemente foi vaiado mesmo diante de um público formado por militâncias
de diversas cidades (clique aqui para ler a matéria).
No entanto, caso ela venha vencer no município, poucos irão atribuir ao
apoio de Gadelha uma importância significativa. É aquela velha
história, em caso de vitória o mérito é dos outros e em caso de derrota a
culpa terá nome e sobrenome. Injusto ou não, assim será.
Vale
ressaltar que o prefeito apoiou Marina Silva em 2010 para presidente,
quando a mesma perdeu feio em Goiana. Será que ele terá um papel
importante na decisão dos goianenses que, assim como ele, votaram em Marina no passado?
E os votos de Marina em todo o estado?
O
PSB, através de suas maiores lideranças, o governador eleito Paulo
Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, que estiveram na plateia
do debate da globo ontem(24), a convite de Aécio Neves (PSDB), aposta
todas as suas fichas na vitória do candidato de oposição. O envolvimento
da família Campos na candidatura tucana, por exemplo, é total.
Pernambuco
é visto pelo PSDB como um estado estratégico para alavancar votos no
nordeste. No entanto, no primeiro turno Aécio obteve apenas 284.771
votos pernambucanos, o que representa 5,9% do total de votos válidos.
Uma possível virada tucana no estado será creditada integralmente, então, na conta dos
pessebistas.
O apoio de Marina a candidatura de Aécio, que sequer é lembrado hoje, ficará como um pálido movimento de uma candidata derrota no primeiro turno, cujos movimentos imprecisos durante todo o período eleitoral terão mais destaques na história do que os milhões de votos que a credenciariam a ter um papel fundamental nesta eleição. Um papel que, em momento algum, conseguiu desempenhar em sua plenitude.
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