Talvez
essas vacas magras decantadas por nossos políticos locais, seja o reflexo de
uma realidade que assombra as campanhas de Paulo Câmara (PSB), eleito
governador de Pernambuco, e de Armando Monteiro Neto (PTB), que ficou em
segundo lugar. Ambas as candidaturas deixaram dívidas milionárias para serem quitadas,
como comprovam os dados da prestação final de contas, divulgada pelo Tribunal
Supremo Eleitoral (TSE) na noite desta terça-feira (4).
Quem mais
deve é Armando, que arrecadou R$ 19.736.207,21. No entanto, terminou a campanha
com contas a pagar de R$ 24.532.405,69. Ou seja, um rombo de R$ 4.796.198,48.
Paulo
Câmara ficou com uma dívida menor, mas, também milionária. O candidato
governista arrecadou R$ 17.986.657,10 e gastou R$ 19.064.358,64. Ou seja,
deixou uma dívida de R$ 1.077.701,54.
É importante ressaltar que não existe qualquer confirmação oficial
ligando esses débitos milionários com as supostas dívidas alardeadas nos bastidores
políticos do município. E, se é possível olhar por esse prisma repleto de
cifrões como algum tipo de parâmetro para a realidade local, Goiana parece mais
uma gota no oceano. O que certamente não diminui o descontentamento daqueles
que começaram o período eleitoral como profissionais contratados, ainda que informalmente, e terminaram
como credores de títulos de fundo perdido.
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