Em 2004, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes no
Estado era de 50,86, aumentando para 56 em 2007, quando o programa saiu do
papel. Desde então, vem sendo reduzido e chegou a 34,12 por 100 mil habitantes
em 2014, mesmo com o crescimento deste ano. “Mudamos a realidade de um Estado
que era reconhecido como um dos mais violentos”, afirmou o secretário de Defesa
Social, Alessandro Carvalho.
Para o secretário, são vários os motivos que levaram ao
crescimento no número de CVLI. Entre eles, estão a greve da Polícia Militar
realizada em maio; a reivindicação de PMs pela aprovação da PEC 300, que
estabelece que a remuneração dos policiais militares dos estados não pode ser
inferior à do Distrito Federal, com subsídio do governo federal; e a
operação-padrão dos delegados da Polícia Civil.
O secretário também justifica o aumento usando a Copa do
Mundo e o período eleitoral. “Interferiu na forma de condução de algumas
pessoas dentro do processo”, afirmou Alessandro Carvalho.
Apesar do resultado negativo deste ano, alguns municípios,
principalmente no interior, se destacaram nos resultados do programa. Um deles
foi Salgueiro, no Sertão, onde o número de homicídios diminuiu 51% este ano.
Nos oito anos de Pacto pela Vida, no entanto, o Sertão foi a região em que
houve a menor redução de CVLI, com 26,27% menos crimes no período. A diminuição
na Região Metropolitana do Recife foi de 57,3%.
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