O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (23)
que a presidenta da Petrobras, Graça Foster, tem feito tudo para colocar a
empresa nos trilhos. “Ela é uma administradora rigorosa e séria e no que
depender dela, tudo se corrigirá rapidamente e bem".
Segundo Lobão, o governo não conhecia os fatos que motivaram
as denúncias de corrupção contra a estatal. Ele lembrou que a Petrobras é
constantemente fiscalizada, tanto pela corregedoria interna, quanto por
auditorias externas e pelo Tribunal de Contas da União.
Sobre o fato de ter seu nome apontado na lista de envolvidos
em esquema de corrupção na Petrobras, Lobão disse que não sabe do conteúdo das
alegações. “Só posso ter uma palavra quando souber o que se alega. Não devo
nada, estou isento de qualquer culpa, venha ela de onde vier”. Para o ministro,
a crise na Petrobras, motivada pelas denúncias de corrupção, é um momento
circunstancial. “O que está acontecendo é uma crise circunstancial, não tem
origem sólida e não vai se perpetuar”, avaliou.
Em café da manhã com jornalistas, Lobão se despediu do
ministério e disse que reassumirá o mandato no Senado a partir do dia 1º de
janeiro. Ele não quis adiantar quem será seu substituto, mas afirmou que a
presidenta Dilma Rousseff deverá indicar o nome ainda hoje. Segundo o ministro,
o seu substituto vai encontrar a casa ajustada e em ordem. “Temos planejamento
e não haverá surpresas desagradáveis aqui no ministério”.
Edison Lobão garantiu que o país não terá racionamento de
energia nos próximos anos e disse que os pedidos de revisão extraordinária que
deverão ser feitos pelas distribuidoras de energia elétrica são justos, mas que
o governo irá examinar se concede ou não. Ele admitiu que a tendência é que o
custo maior da energia vá para o consumidor, em vez de ser bancada pelo
Tesouro, mas ressaltou que é melhor pagar mais caro do que não ter energia. “O
que não se pode é não ter energia elétrica. O custo mais alto é lamentável, mas
não ter é infinitamente pior”, avaliou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário