Favorito na disputa pela presidência da Câmara Federal, o
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou, em entrevista ao jornal Folha de S.
Paulo, que o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) é um
golpe que não tem seu apoio. Cunha também disse não acreditar que a presidente
tivesse conhecimento dos desvios ocorridos na Petrobras.
“Eu não apoio e acho que é golpe. Qualquer tentativa de
impeachment de quem não assumiu é tentar desvirtuar o resultado eleitoral”,
disse o deputado a ser questionado sobre um possível processo contra Dilma, que
é conduzido pelo presidente da Câmara.
Eduardo Cunha lembrou que o regimento interno da Casa e a
Constituição têm formas de definir a tramitação de um pedido de impeachment, e
eles irão guiar o processo, caso ele seja pedido no próximo ano.
Questionado sobre as irregularidades na Petrobras, Cunha
defendeu a inocência da presidente. “Acredito que Dilma não tem envolvimento e
não me parece ser o perfil dela. Pode-se ter qualquer crítica a ela, mas
ninguém nunca falou da sua honestidade”, pontuou.
O deputado também disse não acreditar que exista suspeição
sobre a presidente da Petrobras, Graça Foster, mas ponderou um possível
afastamento da executiva. “Independente ou não de terem culpabilidade, para o
mercado é um sinal de credibilidade”, afirmou.
PMDB – Eduardo Cunha também negou que o lobista Fernando
Soares fosse um operador do PMDB no esquema de desvio de dinheiro da estatal.
“O PMDB não tem operador. Não teve, não tem e não terá”, disse. O deputado
lembrou ainda que todos os envolvidos negam a versão.
Ele também negou que o partido tenha indicado o ex-diretor
Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. “O Cerveró não tem qualquer relação
com o PMDB. O apoiador dele no PT é que efetivamente pode ter conquistado apoio
para a sua manutenção”, afirmou.
Questionado sobre quem seria o apoiador petista, o
peemedebista disse que essa pergunta precisa ser feita aos ex-presidentes da
Petobras José Sergio Gabrielli e José Eduardo Dutra.
Fonte: Blog de Jamildo
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