A parlamentar goianense fez uma avaliação do momento. "Agora nós voltamos a ter esperanças em Goiana. Com essa e outras ações do Ministério Público, espero que sejam revistos os desmandos do atual governo. Em relação a gratuidade dos estudantes, se confirmada, será uma vitória de todos nós que lutamos pelos estudantes. Pois, fomos nós que entramos, ainda em 2013, com uma representação no Ministério Público contra essa cobrança ilegal. Agora é esperar que a justiça seja feita", disse Olga Sena
Segundo os promotores de Justiça Genivaldo de Oliveira Filho
e Patrícia Vasconcelos, autores da ação conjunta, o MPPE abriu um inquérito
civil após receber dos estudantes denúncias sobre a cobrança do valor de 65
reais por parte da empresa contratada para prestar o serviço.
“A sonegação do serviço de transporte escolar de forma
satisfatória e gratuita consubstancia-se em omissão do município na prestação
de serviço público fundamental. Ao obrigar os alunos a arcar com parte dessa
despesa, o município contraria direitos e garantias sociais fundamentais do
cidadão”, argumentaram os promotores no texto ação civil pública.
A própria Lei Orgânica do Município de Goiana determina,
como direito dos estudantes universitários e de cursos profissionalizantes, o
fornecimento integral e gratuito de transporte. De acordo com os representantes
do MPPE, as únicas restrições que poderiam ser feitas pela administração
municipal dizem respeito ao estabelecimento de critérios para admissão ao
serviço de transporte escolar. Nesse caso, deveria ser aprovada lei municipal
normatizando o acesso ao serviço levando em consideração a renda familiar do
estudante, a comprovação de frequência e bom desempenho acadêmico e a
inexistência do mesmo curso em instituições de ensino na cidade de Goiana.
Já em relação à qualidade do serviço, o MPPE salientou que é
de responsabilidade da administração municipal oferecer um serviço de
qualidade, com fiscalização, no mínimo, a cada seis meses dos veículos
empregados pela empresa contratada para prestar o serviço. Além de atender às
normas de segurança previstas pelas leis de trânsito, a prefeitura deve
garantir acesso de representantes dos estudantes às vistorias.
“Os próprios estudantes relataram que, além de muitas vezes
não haver ônibus em quantidade suficiente para atender à demanda, obrigando
alguns alunos a viajar de pé, os veículos são mal conservados, pondo em risco a
vida dos alunos. Tudo isso configura a responsabilidade do município por
restringir o direito constitucional de acesso à educação”, apontaram os
promotores.
Com informações do MPPE
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