Demorou, mas o vice-prefeito de Goiana, Carlos de Joca (PSB), também entrou publicamente na polêmica sobre a realização ou não da peça teatral Heroínas de Tejucupapo. O baixinho, como é conhecido no meio político, não poupou críticas ao prefeito Fred Gadelha (PTB) e afirmou que era, sim, possível a Prefeitura Municipal pagar os cachês dos atores do tradicional espetáculo.
Realizada anualmente pela Associação das Heroínas de Tejucupapo, este ano a peça corre o risco de não acontecer. Segundo os líderes da Associação, Fred Gadelha não teria cumprido a promessa de pagar os cachês das 320 pessoas que realizam o espetáculo.
Segundo Carlos de Joca, não se pode confiar no que Fred Gadelha diz. "O prefeito é uma pessoa que diz uma coisa aqui e amanhã ele diz que não disse. Ele não tem firmeza no que diz. Ele faz qualquer um passar por mentiroso", disparou.
O vice-prefeito declarou seu total apoio a Associação. Ele ainda afirmou que os cachês poderiam ser pagos pela Prefeitura se houvesse vontade política. "Isso depende de força de vontade. Ela (Prefeitura) não dava palco, não dava banda. Mas, o cachê ela dava, não tinha problema nenhum. E as outras coisas (palco, som e iluminação) a gente conseguia com a Fundarpe", garantiu.
Político experiente e ex-vereador, Joca ainda explicou como seria a forma legal para a Prefeitura pagar os cachês. "Não tem dificuldade. Para que tem a Câmara de Vereadores? O prefeito fazia um projeto de repasse, com autorização da Câmara, dizendo que cria um projeto de lei de R$ 32 mil, que seria um repasse para os artistas, os atores, as 320 pessoas que iam fazer o teatro. Ele não fez um projeto para repassar o dinheiro para os caboclihos? A Câmara autorizando, o prefeito está acobertado", finalizou.
A polêmica sobre a peça teatral Heroínas de Tejucupapo parece ainda longe do fim e, sem dúvida alguma, ganha agora novos e apimentados ingredientes com o posicionamento de Carlos de Joca.
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