Segundo ele, falta autoridade política àqueles que, quando
estiveram à frente da política econômica, não procuraram fazer essa justiça
fiscal. "Nós ouvimos vários próceres da oposição fazerem ataques frontais
a essa MP e aos governos de Lula e Dilma, mas passaram seis anos impondo perdas
aos trabalhadores com 0% de reajuste da tabela do IR”, afirmou.
Com base em dados oficiais, Humberto registrou que, ao longo
dos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002, em apenas
dois anos deles houve correção da tabela do IR. “E eu não estou falando aqui de
correção abaixo da inflação, eu estou falando de correção zero, eu estou
falando de inflação muitas vezes superior a 5%, 6%, 7% e a correção da tabela
do Imposto de Renda foi zero”, discursou.
Humberto destacou que, ao longo dos 12 anos de governos do
PT, em 11 deles houve correção da tabela. “Essa defasagem que eles aqui cobram
não é a defasagem havida nos governos do PT. Ao contrário: quando levamos em
consideração aquilo que deveria ter sido corrigido nos governos tucanos e não
foi corrigido, é que se chega àquele percentual que agora os convertidos
tucanos querem que o Governo da Presidenta Dilma possa garantir”, disse.
Segundo Humberto, um acordo com a base levou o Governo a
encaminhar essa nova MP que escalona a correção da tabela do IR entre 4,5% e
6,5%, oferecendo reajuste maior para quem ganha menos e menor para quem ganha
mais.
De acordo com a MP, os trabalhadores que ganham de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 pagam 7,5% em
Imposto de Renda. Já para as rendas entre R$ 2.826,65 a R$ 3.751,05, o imposto
é de 15%. Os que recebem de R$ 3.751,06 até 4.664,68 pagam 22,5%. A faixa mais
alta, com imposto de 27,5%, pega todos com salário maior do que R$ 4.664,68. Os
que recebem menos de R$ 1.903,99 não recolhem Imposto de Renda.
O líder do PT observou que a MP foi objeto de amplo debate
no Legislativo, conduzido, inclusive, pelo próprio Presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), e pelo líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), e também
junto aos líderes dos partidos da Base do Governo.
Ele acredita que o montante total da renúncia fiscal do
Governo, que será da ordem de R$ 4 bilhões, irá alimentar a atividade econômica
para fazê-la se movimentar e produzir crescimento, emprego, melhorar a renda,
garantir salários e diminuir o esforço, especialmente da população de menor
renda.
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