No Complexo Industrial e Portuário de Suape, muitos
trabalhadores têm deixado a região para voltar pra casa, após serem dispensados
das obras da Refinaria Abreu e Lima. É o novo ciclo de mudanças para a mão de
obra que se instalou no entorno nos últimos 10 anos. A crise provocou estragos
na região e vai ser preciso construir uma rota alternativa.
O governo já anunciou que os investimentos em Pernambuco vão
cair para menos da metade em 2015, ficando em torno de R$ 1,5 bilhão. Os
economistas consideram, no entanto, que a chamada locomotiva do desenvolvimento
econômico do Estado vai manter sua importância, independente da crise na
indústria petrolífera. O porto continua sendo o principal atrativo para fazer
de Suape um polo exportador. No primeiro trimestre deste ano, a movimentação de
cargas chegou ao recorde de cinco milhões de toneladas. Marca 32% maior que o
total registrado no mesmo período de 2014.
Mesmo estando a quase 100 quilômetros do Porto de Suape, a
fábrica da Jeep, no município de Goiana, é o novo destino de investimentos
voltados para a indústria automobilística. Além da fábrica, 16 empresas
fornecedoras de produtos se instalaram no local, dentro de um parque industrial
que ocupa 1.100 hectares. A capacidade de produção da montadora é de 250 mil
veículos por ano e dez mil empregos diretos e indiretos estão sendo gerados.
Com isso, a região do entorno do Polo Automotivo passa por
mudanças. Em Goiana, o mercado imobiliário abre novos caminhos e comerciantes
ampliam os negócios de olho na demanda.
O município espera uma arrecadação de mais de R$ 100
milhões, em 2020. Pelo menos, outras cinco cidades estão sendo beneficiadas
diretamente pelo polo. Mas elas têm um desafio enorme, que é transformar o
progresso em melhoria de vida para a população.
TVJornal
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