No começo de julho, após mais um caso de morte ocorrida em
decorrência de descarga elétrica por meio de um fio solto em via pública do
Estado, Humberto cobrou ações da Aneel para investigar a Celpe e tomar medidas
efetivas a fim de reduzir o número assustador de mortes em Pernambuco. Somente
entre 2008 e 2013, 125 pessoas faleceram eletrocutadas no Estado.
A Aneel comunicou a Humberto, por meio de ofício, que
analisou indicadores de segurança e quantidade de óbitos envolvendo a rede
elétrica em Pernambuco e constatou que Pernambuco registrou um número de mortes
superior à média do Brasil no ano de 2011.
"Considerando a possibilidade de agravamento das
condições da prestação do serviço à população”, a agência solicitou a
elaboração de diagnósticos à Celpe para “reverter esse quadro”. Para isso,
pactuou com a companhia energética, em abril, a apresentação de um Plano de
Resultados para corrigir falhas e transgressões identificadas na prestação do
serviço.
Medidas de curto e médio prazos terão de ser tomadas para o
restabelecimento da qualidade do serviço, com monitoramento permanente das
ações propostas. Por considerar de alta relevância os resultados da iniciativa,
a diretoria da Aneel coordenará diretamente o acompanhamento da execução do
plano.
O órgão regulador explicou a Humberto que o plano de
resultados visa permitir à Celpe a possibilidade de "reversão da qualidade
ruim do serviço prestado, haja vista que os incentivos regulatórios e
dispositivos sancionatórios da Aneel não têm surtido os efeitos
esperados".
A agência afirma ainda que o monitoramento da evolução do
planejamento será trimestral. “Vale lembrar que o plano não introduz nenhuma
obrigação nova à concessionária de distribuição de energia, mas sim explicitar
as ações de reversão da trajetória de degradação da qualidade do serviço
oferecido” aos pernambucanos, ressalta a Aneel.
Segundo Humberto, a Aneel garantiu que entre as punições
possíveis à Celpe por não cumprir o plano de resultados estão a intervenção
administrativa e a recomendação de declaração de caducidade (perda da concessão
do serviço público) ao Ministério de Minas e Energia.
“É muito importante que a Aneel esteja atenta a essa questão
em Pernambuco. Os acidentes com mortes em vias públicas decorrentes de falhas
na rede de distribuição da Celpe não podem ficar impunes. A sociedade
pernambucana cobra respostas e atitudes para acabar com essa grave situação”,
avalia o parlamentar.
Assessoria
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