Em seu primeiro mandato, o atual prefeito, Fred Gadelha
(PTB), enfrenta desgates administrativos e políticos. A gestão é mal avaliada
pela população e há dois anos o gestor rompeu relações com o vice-prefeito,
Carlos de Joca. Apesar do quadro, Gadelha, que é aliado político do ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, é nome
certo para reeleição.
Procurado pela reportagem, o prefeito de Goiana não retornou
as ligações até o fechamento desta edição. Interlocutor dele, o secretário de
Articulação Política da prefeitura, Leandro Menezes, explica que o gestor
sempre externou o desejo de disputar a reeleição, mas afirmou que o petebista
ainda está construindo as alianças partidárias para 2016.
Novo na cidade, o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB)
busca se cacifar para pleito. Em junho, o socialista assumiu a presidência do
partido e montou agendas de discussão no município. “Não tenho projeto de
prefeito, tenho projeto político”, afirma Lessa, que transferiu o título para
Goiana em 2011. “Nosso objetivo é unir o partido e os aliados de Paulo Câmara”,
explica o deputado. “A gente está debatendo a Goiana do futuro”, afirmou. “O
município é estratégico para o Estado e as direções estaduais percebem isso”,
justificou o parlamentar.
Quanto ao desconhecimento, Lessa diz que pesquisas
qualitativas apontam que os goianenses esperam que a gestão da cidade acompanhe
o crescimento econômico, independente do partido ou do local de origem do
candidato.
Nos bastidores, comenta-se que a chegada de Lessa gerou
certo desconforto nas bases do partido em Goiana. O ex-prefeito Edval Soares
deixou o PSB e corre por fora para empinar a pré-candidatura. Diante da falta
de espaço nas hostes socialistas, Soares está prestes a se filiar no PR.
“Tenho o objetivo de ser candidato no próximo ano é
indiscutível. Deixei o PSB porque alguns compromissos não foram cumpridos e lá
eu não teria espaço”, disse o ex-prefeito, que evita avaliar a atual gestão.
“Prefiro que o povo julgue”, diz.
Segundo o presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, o
momento é oportuno para que atores de todos os partidos postulem as intenções e
coloquem as ideias para os municípios. “Mas ainda estamos muito distante das
definições, que se darão apenas no momento das convenções, em meados do ano que
vem. Então o partido vai continuar discutindo internamente com as bases, com os
segmentos, com as lideranças para que possamos construir os consensos e buscar
a unidade sempre que for possível”, afirmou o socialista, em nota.
Blog de Jamildo
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