segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Rodeada de incertezas, reunião envolvendo Jeep e Prefeitura de Goiana acontece hoje (23/11)


http://www.blogdofelipeandrade.com.br/2015/11/rodeada-de-incertezas-reuniao.html


Nesta segunda-feira (23), o prefeito de Goiana Fred Gadelha e a diretoria da Jeep vão se sentar para tentar chegar a um acordo sobre a isenção do IPTU para a montadora. Pelo fervor da discussão, a companhia terá que ceder e combinar como vai pagar o imposto. A dívida é de R$ 20 milhões, referente a 28 meses de IPTU. É isso ou perder os R$ 433,2 milhões do FNDE, que precisam ser repassados até o fim do ano. Caso contrário, o recurso será devolvido aos cofres do governo federal.

Mesmo com o risco de perder um grande volume de recursos, a Jeep tem se mostrado irredutível em seu posicionamento. Um agente político do município que possui estreita ligação com a diretoria da montadora, chegou a afirmar que a dívida com o IPTU não seria quitada. 

O superintendente da Sudene, João Paulo, diz que decidiu interferir na discussão temendo a dimensão do prejuízo para a economia de Pernambuco. Ele conta que nunca viu valor semelhante ser devolvido, sobretudo em ano de crise. Na segunda, ele também conversa com a diretoria da Jeep.

Cada parte nessa história tem seus argumentos. A prefeitura alega que a gestão anterior assinou o protocolo em outro cenário das finanças municipais e que não encaminhou o Projeto de Lei à Câmara. A Jeep e o governo do Estado defendem que os compromissos sejam honrados. Agora, uma coisa é certa: faltou à FCA monitorar o cumprimento dos acordos. Infelizmente, a segurança jurídica é frágil no País.

Ganhar agora e perder no futuro

O posicionamento da Prefeitura de Goiana poderá gerar sérios desdobramentos. Se por um lado receber R$ 20 milhões da Jeep parece atrativo em tempos de crise, o não cumprimento do protocolo de intenções será um claro sinal para o mundo inteiro de que não se pode confiar na política goianense. Com isso a atração de novos investimentos poderá ser prejudicada devido a falta de confiança dos investidores.


Com informações do NE10

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