Cristiano Pimentel reitera que o pagamento aos servidores
vale para todas as categorias, incluindo os que trabalham em cargos
comissionados. De acordo com informações do Ministério Público de Contas,
várias prefeituras estão atrasando os salários dos comissionados e temporários
por considerarem que eles têm como reclamar sob risco de serem dispensados a
qualquer momento.
O Ministério Público de Contas já adiantou que irá pedir ao
Tribunal de Contas a rejeição das contas de cada prefeito que utilizar deste
artifício. "Iremos solicitar (a rejeição), mas conselheiros podem
considerar também outras punições, como multas e determinações", disse o
procurador.
Ainda segundo Pimentel, a crise financeira que o Brasil
atravessa no momento é um período em que o prefeito deve definir prioridades.
Para ele, pelo fato de 2016 ser um ano eleitoral, existe uma "pressão
muito grande" nas cidades do interior do Estado para a realização de
festas e shows, com o objetivo de que a candidatura seja alavancada. “Temos
professores com salários atrasados. Quando um prefeito gasta 500 mil no
Carnaval, sem estar em dia com estes salários, na prática, está retirando
dinheiro da educação para colocar na folia”, ponderou o procurador.
O Ministério Público de Contas já informou à Associação
Municipalista de Pernambuco (Amupe), órgão que representa os prefeitos, e à
União dos Vereadores de Pernambuco (UVP) sobre o aviso. O MPC disse ainda que
espera contar com informações dos promotores de justiça do interior - além da
própria população - sobre os prefeitos que fizerem tal prática, através de
representações até o fim de fevereiro.
Fonte: NE10
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