Diretor da Paradox Zero, uma agência de estratégias digitais
localizada no Recife, Paulo Rebêlo diz que o aumento da participação das redes
sociais a cada nova eleição é uma tendência. “O principal é conseguir integrar
uma boa estratégia nas redes e fora delas. Poucas campanhas conseguem fazer
isso. Criam duas entidades completamente diferentes, como se as pessoas nas
redes sociais fossem diferente das pessoas nas ruas”, alerta.
Para os especialistas ouvidos pelo JC, o Facebook será uma
das principais ferramentas, por ser uma rede social mais completa, que permite
textos, fotos e vídeo. Cada uma das mídias sociais, porém, deve ser usada com
uma função específica. Uma das apostas para 2016 é o Snapchat, aplicativo que
permite a troca de mensagens e conteúdo multimídia entre seguidores que tem
ganho terreno com o público mais jovem e para onde várias celebridades têm
migrado.
“A grande questão é a gente ter a noção de que tipo de
candidato a gente tem, que tipo de candidaturas elas são, e aí você começa a
identificar exatamente quais são as plataformas mais adequadas para um e para
outro”, diz Daniel da Hora. “Tem candidatos que simplesmente não têm aderência
com certas plataformas. E tem outros candidatos que são mais jovens ou mais
descolados. Você precisa ver o público de cada uma delas também”, argumenta.
Um dos desafios é o What’sApp. Muito popular, o aplicativo
de troca de mensagens foi usado para disseminar ofensas e calúnias nas
campanhas de 2014. “Estragos grandes podem ser feitos. Se determinados boatos
ganharem força perto do dia da eleição, pode não haver espaço para contra-atacar
e esclarecer determinadas difamações”, alerta o professor Camilo Aggio,
pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Democracia Digital e Governo
Eletrônico da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Fonte: Blog de Jamildo
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