terça-feira, 22 de março de 2016
Osvaldinho pode buscar apoio do PSB mesmo após detonar Paulo Câmara
Aparentemente apenas seis meses foram necessários para que a opinião do empresário Osvaldo Rabelo Filho, conhecido como Osvaldinho, em relação ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), mudasse completamente. Quando concedeu uma entrevista em sua própria rádio, a Goiana FM, no dia 1 de outubro de 2015, o empresário fez duras críticas ao governador e a sua equipe. O que mudou de lá para cá? Oficialmente nada mudou até agora. Mas, segundo informações de bastidores, Osvaldinho está tentando conseguir o apoio do PSB, partido do governador, o que para muitos analistas políticos é algo crucial para a sua pré-candidatura decolar em Goiana.
Existe um ditado popular muito famoso, "quem bate esquece, mas quem apanha não". Será que o governador já esqueceu as duras críticas que recebeu há tão pouco tempo? A aposta de Osvaldinho é na pouco provável memória curta de Paulo Câmara e de seu grupo, que foram desqualificados de forma ríspida pelo empresário. "Não acredito em Paulo Câmara e não acredito na equipe que ele tem. Ele foi o responsável de estar aí precisando de R$ 600 milhões para organizar o orçamento. O que ele fez? Aumentou os impostos. Está aí a gasolina subindo, o IPVA aumentou, até cinquentinha vai pagar IPVA, lancha, avião, aumentou tudo! Uma maneira de arrecadar. Mas, não é por aí. O que precisa fazer é enxugar a máquina. Acabar com a politicagem!", detonou.
Em tom de ironia, Osvaldinho ainda chegou a dizer que teve o prazer de não votar no atual governador. "Tiveram que gastar muito dinheiro para eleger o doutor Paulo Câmara, a quem eu tive o prazer de não votar. Votei em Armando Monteiro, um grande empresário, bem sucedido. Hoje está aí como ministro. Chegou nos Estados Unidos e foi o homem de maior destaque na comitiva de Dilma", disse.
Se confirmada a informação de que Osvaldinho tentará, sim, o apoio do governador e do PSB, não restará qualquer dúvida de que os seis meses que se passaram devem ter sido tempo suficiente para ele mudar de opinião. Mas, terá sido tempo suficiente, também, para Paulo Câmara e sua equipe esquecer os duros ataques que sofreram?
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