A segunda proposta oferecida aumenta de R$ 350 para R$ 400
os fixos mensais de auxílio-transporte para os praças e para R$ 600 a ajuda de
custo do transporte para os oficiais, ativos e inativos. Os policiais também
irão receber, anualmente, R$ 750 de auxílio-uniforme. Os pagamentos serão
realizados a partir de junho.
Dentro da proposta estava ainda a realização de concurso
para preencher 300 vagas de soldados no Corpo de Bombeiros e para 80 oficiais,
sendo 60 policiais militares e 20 dos bombeiros. A promessa é que outro
concurso também com 80 vagas para oficiais seja realizado em 2018.
Além disso, o Código Disciplinar será revisto e cursos de
habilitação de cabos e formação de sargento serão abertos ainda neste ano, bem
como uma seleção interna para o curso de formação de oficiais da administração.
Também ficou acordada a não majoração da alíquota da Funafin e investimentos e
regularização de débitos no Sistema de Saúde dos Militares de Pernambuco
(Sismepe).
"Também conseguimos que, as promoções que só iriam
acontecer 2018, sejam feitas em 2016 e 2017. Ainda não é tudo que precisamos e
queremos, mas demos uma lição para a sociedade que podemos buscar uma
valorização", diz Alberisson Carlos, presidente da Associação de Cabos e
Soldados. Segundo ele, a reivindicação pelo aumento salarial será realizada em
2018.
Para que o acordo fosse selado, foram necessárias duas
rodadas de negociação. Inicialmente, por volta das 20h, a comissão que
representa a categoria havia chegado a um entendimento com o Governo, mas os
policiais e bombeiros militares, não. A proposta inicial oferecia R$ 750 anuais
de auxílio-uniforme pagos a partir de junho e R$ 350 fixos mensais de
auxílio-transporte, também a partir de julho.
Com o desfecho das negociações, tanto os policiais quanto os
bombeiros militares continuarão as atividades normalmente.
Boatos de violência assustam a população
A possibilidade de greve da Polícia Militar de Pernambuco
provocou pânico entre a população na noite de ontem, antes da votação da
categoria. Boatos sobre assaltos e arrastões fizeram parte do comércio fechar
mais cedo e as pessoas apressassem a volta para casa. O medo era que se repetisse o cenário registrado na última greve da Polícia
Militar, em 2014, quando um grande número de roubos e saques a lojas foram
registrados.
A ambulante Ana Maria da Silva, 36 anos, vende lanches na
entrada da Estação Joana Bezerra e costuma fechar a barraca às 21h30, mas,
devido aos boatos, preferiu voltar para casa mais cedo. "Me disseram que
estava tendo arrastão em Afogados, então não vai demorar para chegar aqui. Na
dúvida, é melhor ir embora antes e não arriscar roubarem minha renda do dia”,
relata.
No Centro do Recife, notícias de arrastão fizeram algumas
pessoas correrem para dentro da Estação do Recife, causando tumulto. "O
pessoal ficou com medo, mas não aconteceu nada e a situação foi normalizada
rapidamente", explica um funcionário do metrô, que preferiu não se
identificar. Na entrada da estação, alguns policiais militares estavam reunidos
para serem divididos e fazerem a segurança das estações para o jogo do Santa
Cruz e Campinense, no bairro do Arruda.
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