quinta-feira, 12 de maio de 2016

Senadores paraibanos votaram a favor do impeachment (vídeos)

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Os sinais de que a presidente Dilma Rousseff (PT) não escaparia do impeachment eram inequívocos e foram confirmados primeiro com os discursos no Senado que precederam a votação e, depois, com o sufrágio propriamente dito já nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (12). Dilma foi afastada com o voto de 55 parlamentares favoráveis à admissibilidade do impedimento, contra 22 que votaram pela manutenção dela no poder. Dos eleitos pela Paraíba, todos foram favoráveis à saída da gestora, que será substituída no poder por 180 dias pelo vice, Michel Temer (PMDB-SP). Neste período, durante o juízo de pronúncia, tendo ela como ré no processo, Dilma poderá ser reconduzida ao cargo ou afastada em definitivo.

José Maranhão (PMDB)

Na sessão iniciada nesta quarta-feira (11), José Maranhão (PMDB) foi o primeiro dos paraibanos a falar. Com discurso escrito, segundo ele para não ser dominado pela emoção, falou da sua ligação com o PT, apesar de ter sido abandonado em 2014, e da situação econômica do país. “Esta é uma crise que tem repercussões profundas na nossa economia, destroçando uma posição que parecia definitiva para o nosso país, e que está, neste momento, caminhando para uma solução, mas que é traumática. Porém, na política, como na vida fisiológica, quando se tem um quisto ou um tumor, não há solução sem sangue. O sangue aqui é a contrariedade do povo brasileiro, que está nas ruas reclamando, porque sofrendo e pagando a maior conta”.
Cássio Cunha Lima (PSDB)

O segundo paraibano a discursar foi Cássio Cunha Lima, que lembrou, na sua fala, a situação de instabilidade no país. “O começo deste capítulo importante para o Brasil, infelizmente, foi escrito através de mentiras. Porque foi essa a opção escolhida, de maneira deliberada, pela presidente Dilma Rousseff, mentir ao povo brasileiro, enganar a nossa gente, usar a boa fé do povo humilde, do povo deste país, para que ela pudesse ganhar a eleição a todo preço, a todo custo, para que ela pudesse ganhar a eleição a todo preço, a todo custo, fazendo o diabo na expressão dela própria. E nós sabemos, a vida nos ensina, que nas relações pessoais, nas relações publicas, sobretudo, a mentira tem um preço e o preço é alto”.
Raimundo Lira (PMDB)

O senador Raimundo Lira foi o último a discursar entre os senadores inscritos na sessão do Senado e, como era esperado, foi comedido nas palavras ao anunciar o apoio ao impedimento. Como presidente da Comissão Especial do Impeachment, que deve retornar aos trabalhos após o afastamento da presidente, ele procurou ser comedido, mas disse que vota pelo impedimento. “Quero informar à opinião pública do meu estado e do meu país que não votei no encerramento da Comissão do Impeachment porque, na qualidade de presidente, eu era impedido pelo Regimento. Eu só poderia votar se houvesse empate e, como a votação foi 5 a 15, eu não pude votar. Mas agora, hoje, na sessão de admissibilidade do impeachment, eu vou votar como senador, eu vou votar ‘Sim’, a favor da admissibilidade do impeachment”, afirmou Raimundo Lira.

Discursaram antes da votação, o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment, Antônio Anastasia (PSDB-MG), e o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Com o resultado da votação, a notificação da presidente Dilma Rousseff vai acontecer ainda na manhã desta quinta-feira, quando ela deverá deixar o Palácio do Planalto. Logo em seguida, será notificado o vice-presidente, Michel Temer, que poderá assumir o poder ainda nesta quinta-feira.

Fonte: Blog do Suetoni Souto Maior

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