quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Após ser alvo de investigação, Hemobrás perde delegação para a exclusividade na manipulação de sangue

http://www.blogdofelipeandrade.com.br/2016/08/apos-ser-alvo-de-investigacao-hemobras.html

Durante entrevista concedida à Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (2), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que está retirando da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia em Pernambuco (Hemobrás), a delegação para a exclusividade na manipulação de sangue. Barros ainda disse que espera colocar a empresa para funcionar em dois anos.

“Estamos retirando da Hemobrás a delegação para a exclusividade na manipulação de sangue e traremos de volta para o Ministério. Nosso objetivo é concluir o processo de tecnologia e espero que possamos consolidar isso em dois anos”, afirmou o ministro.

O Conselho se reúne nesta terça-feira, em Pernambuco, para tomar as deliberações importantes sobre o andamento da empresa. Atualmente, apenas a parte administrativa está funcionando.

A Hemobrás foi alvo de investigação da Operação Pulso, da Polícia Federal, em dezembro de 2015, para reprimir desvio de recursos públicos na empresa. O presidente, Romulo Maciel Filho, e o diretor de Produtos Estratégicos e Inovação da Hemobrás, Mozart Sales, foram afastados dos cargos.

Mozart chegou a assumir interinamente o Ministério da Saúde, em 2012, e é descrito no site da Hemobrás como criador do programa Mais Médicos. Dois sócios de uma empresa com atuação na Hemobrás foram presos na operação, segundo a Polícia Federal.

O ministro falou também sobre a atuação do Ministério da Saúde e admitiu que existe aparelhamento do governo do PT na pasta. “Sem dúvida existe muita ideologia, existe uma visão que não é a da gestão, mas estamos implantando o nosso ritmo, estamos desaparelhando a máquina e extinguimos cargos que não farão falta nenhuma”, declarou.

Ainda durante a entrevista, Ricardo Barros comentou ainda as deliberações do programa Mais Médicos que acaba de completar 3 anos e renovou contrato com profissionais, que agora ficarão por pelo menos mais três anos no Brasil. “Profissionais do programa Mais Médicos estão sendo repostos”, disse.

Sobre a questão de disponibilizar planos de saúde a preços acessíveis, o ministro disse que eles já existem, mas apenas ambulatoriais, enquanto outros planos com internação têm uma exigência mínima, considerada por ele como muito alta. “Estou estudando se pode haver redução da exigência mínima desses planos, mesmo os planos sendo de livre proposição das empresas e de livre adesão da população”, disse.

Fonte: Blog de Jamildo

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