Não é possível negar que a Câmara de Vereadores de Goiana está se destacando em plena pandemia. No entanto, o destaque não ocorre por ações determinantes no combate ao coronavírus ou a crise econômica gerada pelo mesmo. É o famoso "trem da alegria" dos parlamentares goianenses que tem chamado a atenção da população por pagar salários de mais de R$ 15 mil, que superam os vencimentos até mesmo dos secretários do Poder Executivo Municipal.
Este fenômeno apelidado de "trem da alegria" pela imprensa estadual, criou uma realidade paralela no município. Enquanto trabalhadores e empresários sofrem os efeitos negativos da crise, um grupelho de "militantes de Whatsapp" é apontado - por muitos políticos que defendem uma ampla renovação no Poder Legislativo - como sendo diretamente beneficiado com a feliz ferrovia de salários astronômicos. Coincidência ou não, na lista de cargos comissionados da Câmara constam nomes de esposa, cunhado e outros "chegados" de pessoas que se destacam pela histeria e douta politicagem em grupos de Whatsapp.
Atualmente a Câmara conta com incríveis 149 cargos comissionados. No início de janeiro deste ano, o prefeito em exercício de Goiana, Eduardo Honório, ainda tentou impedir a criação de mais postos de trabalho para comissionados com salários astronômicos no Poder Legislativo. Ele chegou a vetar o projeto, elaborado e aprovado pela Câmara, que criava mais cargos. Porém, no dia 10 de janeiro, os vereadores interromperam as suas férias e se reuniram para derrubar o veto do prefeito.
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